Muitas brincadeiras,
gozações e comemorações aguardando El
gran finale del mundo. Chegou-se a
dizer que tal evento teria sido cancelado, já que Natal/RN não suportaria a
grandiosidade do evento, que a cidade não tinha estrutura física e logística para
sediar um evento deste porte.
Todos aguardavam ansiosamente
o fim do mundo, com muita despreocupação e animação. Mas e se acabasse? O que
faríamos? Nas ruas, houve rumores de tremores de terra, que parecem ter sido
registrados no interior do estado. E se
acaso o esperado chegasse, se acontecesse como todos imaginavam? Com certeza
ficaríamos como é dito no popular, “igual a baratas tontas”, sem saber o que
fazer e sem saber para onde ir. Ficaríamos correndo de um lado para o outro até
não poder mais. Até sermos impedidos de caminhar ou incapazes de se movimentar,
rezando, e talvez murmurando ao companheiro ao lado, ‘é desta vez acabou mesmo’.
Não foi nenhuma agencia de
notícias noticiosas que começou com esta história, a ideia de término do mundo.
Foi nas pesquisas sobre a civilização Maia e seu calendário, que começaram com
a história. Uma civilização que pouco se sabe, e agora os Maias perderam uma
credibilidade que nunca tiveram. Os espanhóis, os exploraram no passado. Mas
será que os Maias fizeram mesmo esta previsão? Será que haveria uma destruição
física? O medo, o temor, permanece. È mais provável que tenha sido um erro de
interpretação, se é que houve um erro. Entenderam os números do calendário como
uma data e o significado seria outro. Quem sabe uma mudança de polaridade no
mundo (Bipolaridade do Mundo: Jornal de HOJE, em 03/09/2012). Convivemos no
nosso dia a dia com a corrente elétrica, que é uma energia alternada, tanto faz
a posição da tomada conectada, o aparelho funciona.
Um asteroide enorme estava
previsto passar pela órbita terrestre, um alinhamento de planetas também. Todos
esperavam uma destruição física, palpável, visível, percebível, pragmática, e
cientificamente comprovada. Já que não foi no visível pode ter sido no
invisível. Há mais mistérios entre o céu e a terra do que possamos imaginar na
nossa vã filosofia (W.S.)
Não teremos nunca como saber
e nem como comprovar se houve mudanças, alterações, modificações nos nossos
comportamentos e em nossos pensamentos. Se houve mudanças, talvez tenhamos
mudado a tal ponto que nem será possível perceber que mudamos, pois se mudamos estamos
mudados no contexto geral. Talvez um dia assistindo um filme antigo, olhando os
pertences do passado possamos observar e nos surpreender, mas como éramos
diferentes ...
Para nós que aparentemente
continuamos por aqui, nos declaramos, nos percebemos e nos sentimos vivos, o
mundo continua, mas para muitos, ele acabou mesmo. Será...?
23/12/2012
Artigo Publicado em:24/12/2012 no Jornal de HOJE - Natal/RN
Roberto Cardoso
(Maracajá)
Marine Survey |
Técnico em Meteorologia
Cientista Social |
Escritor | Jornalista Científico
Produtor Cultural |
Agente Cultural | Ativista Cultural
Reiki Master &
Karuna Reiki Master
Sócio Efetivo do
IHGRN
Instituto Histórico e
Geográfico do Rio Grande do Norte