quarta-feira, 22 de junho de 2016

Homicídio por omissão

Homicídio por omissão

PDF 666






A cada período com uma média de três anos, eles entram em um período de hibernação. Escondem-se em casulos sem janelas, com ar condicionado, cafezinho e água gelada. E por seus gabinetes não terem janelas, não enxergam a cidade. Fazem deslocamentos pelas ruas em carros fechados, com películas no vidro, ar condicionado, e muitas vezes blindados. Tal como os enclausurados em gabinetes não querem olhar a cidade. Não querem ser reconhecidos nas ruas por aqueles que lhe deram os votos. Fazem suas decisões em plenárias fora do alcance do povo, com guardas promovendo sua segurança.

Pelo tempo de um mandato ocupam a casa do povo. O povo que esta nas ruas esperando resultados daqueles que se tratam por senhores e nobres excelências, com a obrigação de dar resultados excelentes aos senhores eleitores, os cidadãos que ocupam a cidade.

E ao terminar seus períodos de hibernação, voltam a frequentar as ruas em busca de votos. Começam fazendo e comparecendo a inaugurações, e a movimentos populares. Podem até comparecerem a batizados e velórios. Evitam andar nas calçadas e atravessarem ruas, exceto se tiverem pessoas a sua volta, que lhe sirvam de escudo, e despertem a atenção de suas caminhadas. Preferem um palco com microfone, para que sejam vistos e escutados por todos. 

Vão as ruas em busca de novas estratégias que permitam a garantia de um novo mandato, com os votos captados nas ruas. Mas enquanto hibernam em seus mandatos praticam um homicídio por omissão. Omitem-se ao que acontece nas ruas.

Enquanto viverem enclausurados, praticam homicídios por omissão, omitindo verdades. Desviando recursos que podem salvar vidas e a fome dos que moram nas ruas. Recursos que podem atender ambulatórios, postos de saúde, hospitais e ambulâncias. Mas no seu local, onde trabalham para o povo, existe um ambulatório de plantão. Durante suas necessidades medicas, não recorrem ao serviço publico, mas um plano particular, pago com o dinheiro do povo.

Destinam recursos em causas próprias, que criem facilidades para seus automóveis, que se deslocam nas ruas do povo, com recursos gerados pelo povo. E ainda outras causas próprias, que vez por outra podem ser investigadas, depois de ultrapassadas as normas das CPIs, uma de suas estratégias de serem detetives, com poderes de policia.

Comentário peregrino


Comentário peregrino


A tarefa de dar uma opinião sobre um texto, prosa, poema ou poesia. Cada peregrino com suas próprias definições, sobre as palavras construídas. A tarefa de comentar sobre uma afirmação de ser um peregrino em terra estranha, em  "Sou peregrino em terra estranha," de Patrícia Almeida.
E não é possível reter-se a uma opinião, torna-se necessário caminhar sobre um texto, peregrinar sobre as palavras escritas, como pedras e palavras deixadas em um caminho, deixando rastros de um pensamento. E assim constrói-se novos caminhos e o conhecimento.

Buscando a definição de peregrino em Silveira Bueno (DCL, 2010), vamos entender que peregrino é aquele que visita um santuário, participa de uma romaria. aquele que faz longas caminhadas e caminhos. Aquele que caminha, anda ou visita um espaço ou um país. Não há necessariamente uma visão religiosa, mas quem sabe uma necessidade interior. Como fazer caminhos renomados, como o caminho de Santiago. Muitos fazem aquele caminho, e voltam com descobertas interiores.
E o Brasil poderia explorar estes tipos de caminhos, como o caminho feito por Antônio Conselheiro; o caminho da Coluna Prestes; e até os caminhos de Lampião. assim poderíamos enxergar o território brasileiro por outros pontos de vistas, os que não estão anotados em livros.

Mas uma peregrina deixou seus rastros com pedras e palavras. O sentimento de se sentir estranha, em uma terra a ser desbravada. E para percorrer um caminho é necessário sobreviver. Limitar-se é aguardar a viver.

Não há terras, ares ou mares, há espaços a preencher. Caminha-se, navega-se e voa-se, buscando respostas para os espaços vazios. Em uma trajetória de tempestades e calmarias.

A conhecida história da Fênix, nascendo das cinzas. E a peregrina vai fazendo seu caminho, vivendo, descansando e dormindo, até que chegue um outro dia, para buscar respostas para perguntas novas que se formaram.



Sou peregrino em terra estranha

Sou peregrino em terra estranha
Me limito a sobreviver
Preencher meus espaços vazios...
Naveguei por tantos mares
Um deles, a vida em calmarias
Outros, em mares de solidão
Fui vivendo assim!
Mas os ventos do meu bom humor
Foram me ensinando
A controlar esses meus mares
E fui compelido à continuar
A quebra das ondas da vida
Por vezes, me quebra por dentro
Mas sou forte!
Me recomponho
Me remendo
Me reinvento
Pois o por vir está diante de mim
Atrás, apenas o caminho percorrido pelo barco
Que o próprio mar apaga
Aprendi que por vezes
O passado deve ser esquecido
E hoje, o que realmente posso ver e quero ver
É o presente e o futuro!








sexta-feira, 13 de maio de 2016

Roberto Cardoso (Maracajá) em/ Roberto Cardoso (Maracajá) in


Roberto Cardoso (Maracajá) em/ Roberto Cardoso (Maracajá) in



Roberto Cardoso (Maracajá) em

Roberto Cardoso (Maracajá) in









Roberto Cardoso (Maracajá) em “Jornal Metropolitano”

Roberto Cardoso (Maracajá) in “Jornal Metropolitano”


Textos publicados no Jornal Metropolitano. Parnamirim/RN.



Roberto Cardoso (Maracajá) em “O Mossoroense”

Roberto Cardoso (Maracajá) in “O Mossoroense”


Textos publicados no jornal O Mossoroense. Mossoró/RN.



Roberto Cardoso (Maracajá) em “Kukukaya”

Roberto Cardoso (Maracajá) in “Kukukaya”


Textos publicados na Revista Kukukaya. Revista Virtual.



Roberto Cardoso (Maracajá) em “Jornal de Hoje”

Roberto Cardoso (Maracajá) in “Jornal de Hoje”


Textos publicados no Jornal de Hoje. Natal/RN



Roberto Cardoso (Maracajá) em Informática em Revista

Roberto Cardoso (Maracajá) in Informática em Revista


Textos publicados em Informática em Revista. Natal/RN



Roberto Cardoso (Maracajá) em Publikador

Roberto Cardoso (Maracajá) in Publikador





Textos publicados em Publikador



Roberto Cardoso (Maracajá) em Google+

Roberto Cardoso (Maracajá) in Google+


Textos e imagens em Google+



Roberto Cardoso (Maracajá) em Wordpress

Roberto Cardoso (Maracajá) in Wordpress



Textos em Wordpress



Roberto Cardoso (Maracajá) em Tumbir

Roberto Cardoso (Maracajá) in Tumbir







Textos e links em Tumbir



Roberto Cardoso (Maracajá) em ISSUU

Roberto Cardoso (Maracajá) in ISSUU


Links em ISSUU





Roberto Cardoso (Maracajá) em Linkest

Roberto Cardoso (Maracajá) in Linkest









Links em Linkest


Roberto Cardoso (Maracajá) em Jerimum news

Roberto Cardoso (Maracajá) in Jerimum News


Textos em Wordpress




Roberto Cardoso (Maracajá) em Xananas Blog

Roberto Cardoso (Maracajá) in Xananas Blog


Textos em Wordpress







quarta-feira, 4 de maio de 2016

Lula a caminho da produção cientifica – o pós doc 4


Lula a caminho da produção cientifica – o pós doc 4

Lula a caminho da produção cientifica – o TCC, a monografia e a tese; por fim, o trabalho de pós doc. A produção da própria literatura; sem obedecer tantas regras, a oportunidade de fazer diversos pós-doutorados e construir novas teses.

PDF 637

 


Alguns mestres e doutores departamentais, podem entender o pós-doc como um prêmio, A oportunidade de conhecer outros estados e outros países, sem o compromisso de criar uma tese, tal como no doutorado. Apenas aprofundar alguns estudos. Sem o compromisso de produzir um conhecimento que possa ser criticado ou abalado em uma defesa pública, com as portas abertas, as portas da referenciada academia. Um prêmio dado a alguns professores para conhecer outras cidades, outros estados e outros países. Conhecer novas pessoas e novas histórias. Adquirir novas ideias. A possibilidade de afastar o professor do departamento, por alguns meses, alguns anos, ou por um momento.

Com o doutorado Lula poderá ter a liberdade de escolher o lugar onde fará seus pós-doutorados. A possibilidade de conhecer outras culturas e outras histórias. A liberdade de colocar outros líquidos no copo, e apreciar outros sólidos. Os sabores também produzem um conhecimento. Saberes e sabores estão sempre associados, corpo sadio e mente alimentada.

Conhecer outros espaços e outros climas. Trocar a cachaça brasileira por um rum cubano, ou uma vodca em países frios. Trocar a buchada por uma cabeça de bode, uma iguaria apreciada por Gramsci. Poderá escolher seus objetivos e tirar suas próprias conclusões; escolher suas linhas de pesquisa e de conhecimento; buscar seus norteamentos e referenciais teóricos. Escolher suas fontes, diagramações e formatações.

Fazer um estudo geográfico, político e histórico de ilhas; ilha de Alcatraz (EUA), Ilha de Ústica (Itália) e Ilha Grande (Brasil). A possibilidade de fazer um estudo comparado com cidades, presidentes e até de sistemas penitenciários, como Presidente Bernardes, Presidente Prudente, e Presidente Venceslau.



Enfim, quem tiver outra opinião que escreva e publique. Crie outra tese.

RN, 04/05/16

por

Roberto Cardoso (Maracajá)

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Texto publicado em:
 Textos relacionados
Texto 1: EaD - Abstract 
Texto 2: EaD - Resumen 
Texto 3: EaD - Résumé 
Texto 4: EaD – Riassunto   

Textos anteriores: 
PDF 594 - Lula a caminho da produção cientifica – o TCC 
PDF 595 - Lula a caminho da produção cientifica – a Monografia 
PDF 596- Lula a caminho da produção cientifica – a Dissertação 
PDF 597- Lula a caminho da produção cientifica – a Tese 
PDF 605 - Lula a caminho da produção cientifica – pós-doc 1 
 PDF 607 - Lula a caminho da produção cientifica – pós-doc 2 
Lula a caminho da produção cientifica – o pós doc 3 
  

sexta-feira, 25 de março de 2016

Aversidades la domenica di pasqua



Aversidades la domenica di pasqua
 PDF 606


Próximo ao domingo de pascoa recebemos a notícia da partida de Domenico Aversa, e como diria Câmara Cascudo, Domenico encantou-se. E justamente próximo ao domingo de pascoa (la domenica di pasqua), foi-se Domenico. Mas Domenico não se encantou simplesmente, ele já era encantado com a Ilha do Governador. Desde os tempos do BEG, Banco do Estado da Guanabara, que depois tornou-se BANERJ, Banco do Estado do Rio de Janeiro. A grande foto que ficava na agencia bancária, Domenico colocou na Biblioteca, como um resgate histórico da antiga agencia e como parte da história da Ilha, retratando o Aterro do Cocotá.

Em uma pequena sala da Biblioteca do Cocotá, no Centro Cultural Euclides da Cunha, Domenico guardava, colecionava e arquivava, pedaços da história da ilha do Governador. No espaço denominado CRHIG - Centro de Referência Histórica da Ilha do Governador, podemos encontrar documentos históricos, jornais antigos e peças diversas relacionadas a história da Ilha. Antes de seu falecimento já era conhecida como a sala do Domenico. Como voluntario estava ali diariamente, disposto a contar as histórias da Ilha.

Domenico foi bancário, mas na história da Ilha, ele era professor, mestre e pesquisador. O CRHIG, era apenas uma referência, tinha a história inscrita nas veias e na cabeça. Estrategicamente posicionada a sala, era onde os interessados na história da Ilha, primeiro chegavam. Conversando com Domenico quase não seria necessário pesquisar livros ou arquivos, o referencial histórico era Domenico. Primeiro a história oral, e depois a história escrita.

Domenico levou consigo, uma boa parte da memória e da história da Ilha. Mas como funcionário bem organizado, trabalhou por muito tempo, no tempo que não existia computador, acostumado a lidar com organizações, arquivos e fichas. Deixou tudo arrumado e arquivado.

A Ilha do Gato, a Ilha dos Sete Engenhos, la Belle Isle, a Ilha Grande. A ilha de Maracajá, perdeu parte da memória. A memória de Domenico Aversa.



25/03/2016

Texto publicado em:




domingo, 21 de fevereiro de 2016

Linha do Tempo ou Timeline



Linha do Tempo ou Timeline
 PDF 580/581




Fatos não percebidos podem acontecer, e ficarem marcados, em uma linha do tempo, a também denominada timeline de um usuário, em uma das redes sociais. Como informações a serem observadas e analisadas, depois de coletadas. Elas ficaram lá para serem revisadas. Tais como informações que garantem e geram um conhecimento, elas foram gravadas, ficaram grafadas. Mas já estamos habituados a receber informações formatadas, calculadas e interpretadas, por outros e com diversos objetivos, normalmente particulares. A informação pronta para ser consumida, com diversos objetivos que nem imaginamos.

Um aniversario é um dos argumentos, para colegas e amigos, chegarem em uma linha do tempo para apresentar felicitações. Deixar suas mensagens. Pode ser apenas uma palavra como, parabéns ou felicidades; como também duas, três, ou quatro palavras como, feliz aniversário e muitos anos de vida. E mais ainda, uma ou mais frases felicitando o amigo. Chegando a compor textos e estrofes rimadas e ritmadas. A oportunidade de deixar uma marca, uma lembrança; reestabelecer, preservar e conservar a amizades. O mundo real registrando-se no mundo virtual, encurtando palavras e distâncias. OmG! Tks, abçs, ok!  As redes sociais como um encontro na esquina ou na orla da praia, um aceno a distância, em um processo bastante informal.

Com tantas informações coletadas em apenas um dia, é possível fazer uma pesquisa, usar de estratégias, com o perfil dos amigos. Inicialmente distinguindo uma separação por sexo, embora hoje, já exista um novo referencial, um termo mais complexo, como a opção sexual. Mais um tema para uma pesquisa. O grupo também pode ser dividido, por grupos de uma mesma característica, como de amigos e de parentes. Parentes com laços próximos ou mais distantes. Entre os amigos, podemos construir subgrupos, outros grupos, os mais próximos e os mais distantes, com critérios afetuosos ou geográficos. O clube da esquina, ou um grupo que se reunia em uma casa. Lembranças de outros tempos. Tempos de conhecimento e tempos de amizades. Ligações antigas, que hoje podem ser links. Novos amigos e velhos amigos, os chamados amigos para sempre. Poucos ou raros, ou até nenhum, poderão ser agrupados como inimigos ou desprezados amigos, entre os que deixaram votos neste dia. Ainda que um dia tenham brincado de inimigo oculto, uma contra referência ao amigo oculto, também conhecido como amigo secreto.

Depois de separados em grupos, poderão ser feitas as estatísticas, formando percentuais em cada grupo. Com afetos e desafetos poderão compor outros grupos sem que seja notado, em que grupo foi colocado. Não há como reivindicar ou discordar, da participação em determinados grupos. Já que não participam dos critérios de pesquisa, são apenas dados coletados, sem vontades e sem identidade.

E então percebemos o quanto podemos fazer parte de pesquisas e estatísticas, feitas por outros, ou terceiros, sem ao menos percebermos. Pesquisas de analises de comportamentos, pesquisas de escolhas, pesquisas de preferencias. Pesquisas sem questionários, sem preenchimento de formulários. Fácil de perceber o fato, com os aplicativos comuns em redes sociais, onde se identificam os melhores amigos, as postagens mais curtidas, a imagens mais vistas. Alguns aplicativos prometem desvendar o passado e prever o futuro. E criam duvidas do quanto querem influenciar, ao que concorda com os termos, inclusive com investigação do perfil. Com certeza usam cálculos matemáticos de links e conexões entres pessoas e assuntos diversos, que não podemos saber ou afirmar. Ficamos mais preocupados com as respostas que os aplicativos vão dar. Talvez um fortalecimento do ego, percebendo que somoa notados.

Por fim, com o grupo de amigos, é possível emitir agradecimentos. Por participar de uma pesquisa. Por ter lembrado da data festiva e comemorativa, e por ter chegado ao fim de um texto.

Meus agradecimentos aos que se propuseram a postar na minha timeline ou mesmo com postagens in box. Inclusive aos que não postaram, simplesmente deixaram um curtir, ou um like, em outra postagem. Inclusive os atrasados, que se perderam no tempo. Há também os que não participam de redes sociais, mas lembraram em pensamento. Talvez um dia os links sejam em pensamentos. As informações já estão arquivadas em nuvens.

Meus agradecimentos aqueles que estiveram presentes na minha linha do tempo, e no tempo desta linha, no dia 20 de fevereiro.



Em 21/02/2016

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN



Texto disponível em:






Em 21/02/2016

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN



por
Roberto Cardoso (Maracajá)
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Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq

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Produção Cultural





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http://jornaldehoje.com.br/search/roberto+cardoso







Maracajá
Linha do Tempo

Timeline

PDF 580/581


Texto disponível em:


http://www.publikador.com/cultura/roberto-cardoso/timeline


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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

No bel local. Na tal cidade. Um grupo especial


No bel local.

Na tal cidade.

Um grupo especial



PDF 573
Foto: Evaldo Silva


Um grupo especial estava presente entre leitores e escritores. E entre os escritores, ainda podiam ser dadas outras definições, com novas classificações. Ainda haviam ensaístas, resenhistas e cronistas. Alunos e professores. Jornalistas e colunistas; editores, revisores e redatores. Atores e diretores, de cinema ou de teatro, e talvez de TV; Poetas e contistas; pintores, interpretes e artistas; contadores de histórias, para jovens, adultos ou crianças. Cantores e compositores. Filósofos e fotógrafos. Excursionistas e exploradores; bandeirantes e escoteiros. Os convidados, estavam diante de um público seleto.  Formadores de textos, cenas, imagens e opiniões. Com canetas, letras ou telas; papeis ou pinceis. E movimentou-se a rotunda.

Com um público sentado e ouvinte, na condição de coadjuvantes, figurantes e claquetes. Estavam cercados e misturados entre si, de autores e ledores; quadros e livros; imagem e som. Era uma questão de logística, a posição de quem estava sentado, em um local determinado, ou na mira das lentes das câmeras. A água sobre a mesa, indicava o meio liquido, de onde surge a vida. A vida de todos, ao alcance das mãos. Com o argumento científico e teórico, de preservar e hidratar as cordas vocais. Cada corpo um histórico de conhecimentos, hábitos e vidas.

Entre os que estavam ali presentes, ainda se distinguiam outras classes. Cascudianos e não cascudianos. Leitores e não leitores; escritores e não escritores; admiradores ou não admiradores da obra de Câmara Cascudo. Cascudo que deixou em livros um olhar sobre o povo potiguar. Cascudo viajando dentro de locomotivas, com chapas de temperaturas entre mornas e quentes, tomando agua morna e comendo banana assada, deixou escrito os personagens da primeira ou segunda classe, além das cargas e bagagens, que viajavam por trem, conhecendo e interiorizando o RN. Conhecendo e exteriorizando o RN. Hoje são outras catitas que ocupam as estradas. Independente de opiniões sobre o velho Cascudo, foi com a mente livre e com o espaço livre, à sua frente, que Cascudo construiu seus depoimentos deitados entre artigos e livros.

Com uma janela de frente para o mar, e para o Rio Pontegi, do alto Cascudo pode entender histórias dos que chegavam ou partiam, pelo rio e pelo mar. E na rodoviária, na praça da Ribeira, o meio do caminho entre a sua casa e a feira; entre a sua casa e a sua rua, onde nasceu. Ali desembarcavam e embarcavam histórias, em malas, amarrados e fardos. Era tudo ali pertinho, o mar e o rio, a rodoviária e a ferroviária, o terminal marítimo e a Ribeira, com a rua das Virgens e o beco da catita.

A literatura de Cascudo nasceu nas ruas, onde está o berço da cultura. De sua casa avistava o bonde, que ligava os arrabaldes, do território dos Canguleiros ao território dos Xarias. Foi indo ao encontro do povo e da cultura; ou avistando da janela, escreveu uma teoria, uma descrição, uma história, uma literatura.

Com a tal cidade, na tal cidade, que tinha um poeta em cada rua, e um jornal em cada esquina, iluminada por candeeiro, ou com bonde puxado por burros, Natal construiu uma história. Uma história contata em jornais, revistas e livros. E chegaram os navios e os aviões, trazendo outras malas e outras notícias; outras cargas e outras culturas. Natal recebeu outras bagagens,

Hoje estão disponibilizadas as TIs, e quem pode dar continuidade a esta história, estava ali presente. Quintas Literárias em caráter especial, com o início do ano, e retorno de férias, com a presença e mediação de Thiago Gonzaga, autor de Impressões Digitais.

Agora cabe ao poder público, liberar as calçadas, ruas e avenida, para a escola da cultura passar.



por

Roberto Cardoso (Maracajá)

Prêmio Colunista, em Informática em Revista: 2013 e 2014



Em 01/02/2016

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN



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Textos relacionados ao tema:

A transferência da responsabilidade

Texto disponível em:




Nobel abrindo o carnaval em Natal (grupo A)

PDF 571


Texto disponível em:



Nobel abrindo o carnaval em Natal (grupo B)

PDF 572

Texto disponível em:




(*) O uso da cultura como estratégia de segurança de uma cidade









Em 01/02/2016

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN



por
Roberto Cardoso (Maracajá)
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Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq

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Maracajá





Em 01/02/2016

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN



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