domingo, 5 de maio de 2013

Quem toca o sino não acompanha a procissão


Quem toca o sino não acompanha a procissão

 

Ilha de Paranapuan, seio do mar, colina do mar, terra de Maracajá e maracajás (sec. XVI). Já foi ocupada por índios, por franceses e por portugueses. Foi ocupada por políticos e artistas. Em memórias póstumas foram homenageados Ipanemas, Euclides da Cunha, Renato Russo e Elbe de Holanda. Hoje ainda continua o descaso e desentendimento entre governantes e governados na Ilha do Governador, guarnecida pela Aeronáutica e pela Marinha forças descritas e impressas no brasão da Ilha.

Ciclovias que podem mostrar o equilíbrio e a socialização do espaço público urbano em um mundo globalizado criam desigualdades de poder e força entre ciclistas e motoristas, duas tribos atuais. Força motriz e de velocidade, força econômica e financeira, força de desempenho e desigualdade de massa física.

Com as estratégias tecnológicas de internet e das redes sociais, comunicação e intercomunicação, história e atualidade, pode-se a distancia imaginar e avaliar o que acontece hoje em La Belle Isle dos franceses, quando ali chegaram em busca de pau Brasil. E com nomes indígenas de Tamoios e Temiminós, duas tribos extintas (sec XVI e antes).

Espaços delimitados e limitados a ciclistas amadores e profissionais, indo ao trabalho ou em lazer. Espaços junto ao meio fio de vias com grande volume de veículos, sem respeitar o espaço sugerido pela classe ciclista (1,50m), entre as bicicletas e os automóveis que passam e ultrapassam pelas vias e ciclistas. Pistas estreitas pela mão direita da via colocando o ciclista em uma posição vulnerável com os veículos, automóvel, ônibus ou caminhão. Sem esquecer-se dos alternativos que não tem itinerário e mudam suas direções em momentos relâmpagos ao ver um possível passageiro. O ciclista fica sem noção e sem visão do que possa se aproximar pela retaguarda e sem se dar conta das intenções dos condutores.

Ponto do Rio de Janeiro mais próximo da Europa e EUA (sec. XX em diante) via Aeroporto do Galeão (GIG), porta de entrada da cultura no Brasil. Quem toca o sino não acompanha a procissão, tal como quem está dentro do gabinete ou atrás de pranchetas com planilhas e cálculos normativos, não sabe o que vai acontecendo pelas ruas.

Administradores e sistemas públicos. Quem esta de frente a computadores trabalhando on line respeitando protocolos de acesso e processos não tem ideia das necessidades e os perigos, de quem está nas ruas da Ilha do Gato e do galeão Padre Eterno, o maior navio do mundo em sua época (sec. XVII). 

 

 

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Parnamirim/RN -  05/05/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Cientista Social
Jornalista Científico
 
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)

 

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