quarta-feira, 22 de junho de 2016

Comentário peregrino


Comentário peregrino


A tarefa de dar uma opinião sobre um texto, prosa, poema ou poesia. Cada peregrino com suas próprias definições, sobre as palavras construídas. A tarefa de comentar sobre uma afirmação de ser um peregrino em terra estranha, em  "Sou peregrino em terra estranha," de Patrícia Almeida.
E não é possível reter-se a uma opinião, torna-se necessário caminhar sobre um texto, peregrinar sobre as palavras escritas, como pedras e palavras deixadas em um caminho, deixando rastros de um pensamento. E assim constrói-se novos caminhos e o conhecimento.

Buscando a definição de peregrino em Silveira Bueno (DCL, 2010), vamos entender que peregrino é aquele que visita um santuário, participa de uma romaria. aquele que faz longas caminhadas e caminhos. Aquele que caminha, anda ou visita um espaço ou um país. Não há necessariamente uma visão religiosa, mas quem sabe uma necessidade interior. Como fazer caminhos renomados, como o caminho de Santiago. Muitos fazem aquele caminho, e voltam com descobertas interiores.
E o Brasil poderia explorar estes tipos de caminhos, como o caminho feito por Antônio Conselheiro; o caminho da Coluna Prestes; e até os caminhos de Lampião. assim poderíamos enxergar o território brasileiro por outros pontos de vistas, os que não estão anotados em livros.

Mas uma peregrina deixou seus rastros com pedras e palavras. O sentimento de se sentir estranha, em uma terra a ser desbravada. E para percorrer um caminho é necessário sobreviver. Limitar-se é aguardar a viver.

Não há terras, ares ou mares, há espaços a preencher. Caminha-se, navega-se e voa-se, buscando respostas para os espaços vazios. Em uma trajetória de tempestades e calmarias.

A conhecida história da Fênix, nascendo das cinzas. E a peregrina vai fazendo seu caminho, vivendo, descansando e dormindo, até que chegue um outro dia, para buscar respostas para perguntas novas que se formaram.



Sou peregrino em terra estranha

Sou peregrino em terra estranha
Me limito a sobreviver
Preencher meus espaços vazios...
Naveguei por tantos mares
Um deles, a vida em calmarias
Outros, em mares de solidão
Fui vivendo assim!
Mas os ventos do meu bom humor
Foram me ensinando
A controlar esses meus mares
E fui compelido à continuar
A quebra das ondas da vida
Por vezes, me quebra por dentro
Mas sou forte!
Me recomponho
Me remendo
Me reinvento
Pois o por vir está diante de mim
Atrás, apenas o caminho percorrido pelo barco
Que o próprio mar apaga
Aprendi que por vezes
O passado deve ser esquecido
E hoje, o que realmente posso ver e quero ver
É o presente e o futuro!








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